segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DICAS PARA O NATAL

DIA 24 DE DEZEMBRO
(procure uma nutricionista caso tenha problemas de saúde)

. Inicie o dia com um bom café da manhã: com direito a fruta, pão, suco (da fruta e com pouco açúcar), geléia e ovo;
. Ingerir bastante água durante o dia;
. Reduza a quantidade de alimentos durante todo o dia lembrando-se de comer de 3 em 3 horas;
. Durante o almoço, não precisa misturar carboidratos (arroz, massas, batata, farofa, mandioca, milho, macarrão, cará, etc.);
. Coma bastante folhas, isso auxiliará a não retenção hídrica;
. Faça um pequeno lanche à tarde: procure ingerir fruta, castanhas e uma fonte de carboidrato diferente do que comeu pela manhã (bolo sem cobertura, pão de queijo, tapioca, pão de batata, granola, enfim...), mas sem exagero!!
. Antes de sair de casa faça mais um pequeno lanche! Isso conterá a grande gula na hora da ceia.

. Quando o jantar for servido, CALMA!! Respire fun
do! Não é a última refeição que você fará, então, sirva-se como uma pessoa decente, colocando pouca comida. Não faça muitas misturas, ou pode se arrepender!
. Após sentar-se para comer, lembre-se de degustar, mastigue devagar e sinta o sabor dos alimentos. Isso fará com que você coma pouco, ou melhor, menos. Rs. Peço para que você observe o desespero de todos em querer comer mais, fique firme! Não tenha pressa de mastigar não! Passe o alimento sobre a língua e mastigue, continue assim até o fim.
. Levante-se da mesa com a sensação de que ainda não entupiu o estômago, isso, com calma. (Olha a GULA!)
. Eita, me esqueci da sobremesa, vamos lá. Escolha uma!
Apenas uma! Ou vai querer começar 2011 prometendo manter e/ou perder o peso?! Só uma e sem abuso! Firmeza nesse pensamento!
. Quando terminar levante da mesa e saia de perto de quem está comendo. Xeretar e olhar demais o prato alheio não cai bem pra você...

PRONTO! Passado o sufoco da comida, vá brincar de bingo, rir com o amigo secreto, enfim, se divirta-se!


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

DOENÇAS RELACIONADAS COM ESPÉCIAS REATIVAS DE OXIGÊNIO

Uma série de doenças tem sido relacionada aos danos causados por forma de oxigênio extremamente reativas ou EROS. Evidenciam entre elas: câncer, aterosclerose, diabetes, artrite, doenças inflamatórias, processos degenerativos e doenças do coração. Substâncias estas, que também estão ligadas com processos responsáveis pelo envelhecimento do corpo.
Existem ainda evidências de que as EROS possam estar envolvidas em mais de 50 doenças ou eventos nosológicos. Dentre eles, além das já citadas, as seguintes doenças: enfisema, displasia broncopulmonar, pneumoconiose, toxicidade por bleomicina, paraquat, butilidroxitolueno, fibras minerais e fumo, asma e SARA. Nesta última síndrome, a origem das EROS parece estar relacionada à ativação neutrofílica pelo complemento. Já bem estudada, a ativação dos neutrófilos recém-chegados no interstício pulmonar, gera radical superóxido, que lesa diretamente a membrana das células intersticiais e do endotélio. E assim, ocorre lesão tissular progressiva, pois o neutrófilo ativado também libera enzimas proteolíticas que degradam a elastina do arcabouço pulmonar. A gravidade da SARA secundária à hiperoxia depende do grau e do tempo da exposição ao O2. Existem também fortes indícios de que a formação do edema pulmonar seja resultante da produção exagerada de peróxido de hidrogênio, radical hidroxil e superóxido pelo neutrófilo.
Outro evento também relacionado com as EROS é o envelhecimento. Desenvolvida por Harman em 1956, a teoria dos radicais de oxigênio sugeria que o envelhecimento poderia ser secundário ao estresse oxidativo, e como consequência levaria a reações de oxidação lipídica, protéica e com o DNA, que desencadeariam alterações lentas e progressivas dos tecidos e do código genético. Será que o estresse oxidativo tem um peso tão importante a ponto de explicar o fenômeno do envelhecimento? Ainda não existem evidências consistentes que respondam a esta pergunta. Estudos recentes sugerem um comportamento heterogêneo do sistema de defesa antioxidante em relação ao envelhecimento e não necessariamente, deficiência do sistema conforme a espécie envelhece.
Um estudo clínico realizado por Ferreira & Matsubara (1997) comparou jovens de 30 anos e idosos de 69 anos em média, ambos sadios. Os resultados mostraram que os idosos apresentam níveis menores de GSH e diminuição da atividade de GSH-Rd e GSH-Px eritrocitários em relação aos jovens. No mesmo estudo, foi analisado outro grupo de idosos portadores de diabetes mellitus tipo II tratados com medicamento oral composto por grupos -SH em sua estrutura, sulfoniluréia. Este grupo apresentou maior nível GSH e maior atividade de GSHRd e GSH-Px, em relação ao grupo de idosos sadios. Podendo sugerir, então, que a doença ou o tratamento podem estimular o sistema antioxidante eritrocitário em idosos. Entretanto, outro estudo que relacionou o envelhecimento com o sistema de defesa em eritrócitos mostrou que não há consumo de vitamina A e E com o aumento da idade de indivíduos saudáveis. Já se sabe também que, em idosos, após exercício físico pode haver diminuição do nível muscular de vitamina E. Outras doenças freqüentes na velhice consequentes ao estresse oxidativo são a doença de Parkinson, o acidente vascular cerebral, a doença de Alzheimer, a esclerose múltipla e catarata.
Ainda hoje, a origem da aterosclerose é incerta, mas a teoria corrente sugere que o início da lesão ocorra no endotélio por mecanismo hemodinâmico. Aí, ocorre afluxo de macrófagos que, quando ativados, liberam radicais superóxido, peróxido de hidrogênio e enzimas hidrolíticas. Radicais estes, que além de lesarem as células vizinhas, ainda estimulam a proliferação de músculo liso subendotelial. A lesão pode ser exacerbada pela fumaça do cigarro que, por ser rica em ferro, que catalisa a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL). Esta oxidação estimula a internalização de colesterol nos macrófagos, os quais, consequentemente, se convertem em células espumosas, contribuindo para a formação da placa de ateroma.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Antioxidantes naturais e sintéticos

Os alimentos contêm compostos oxidantes, os quais podem ocorrer naturalmente ou ser introduzidos durante o processamento para o consumo. Por outro lado, os alimentos, principalmente as frutas, verduras e legumes, também contêm agentes antioxidantes, tais como as vitaminas C, E e A, a clorofilina, os flavonóides, carotenóides, curcumina e outros que são capazes de restringir a propagação das reações em cadeia e as lesões induzidas pelos radicais livres.
No século passado, a partir dos anos 80, deu-se o início às pesquisas com antioxidantes naturais visando à substitui­ção total ou parcial dos antioxidantes sintéticos, aos quais se atribuem efeitos deletérios ao organismo animal quando utilizados em doses elevadas. Além dos possíveis riscos que o uso irregular e/ou indiscriminado dos antioxidantes sintéticos pode acarretar ao homem, soma-se a rejeição generalizada dos aditivos alimentares sintéticos. Ênfase tem sido dada à identificação e purificação de novos compostos com atividade antioxidante, oriundos de fontes naturais, que possam agir sozinhos ou sinergicamente com outros aditivos, como uma forma de prevenir a deterioração oxidativa de alimentos e res­tringir a utilização dos antioxidantes sintéticos.
Os alimentos contendo significantes teores de ácidos graxos polinsaturados têm contribuído pela necessidade de se empregar agentes antioxidantes para prevenir a oxidação. Os antioxidantes mais empregados são o butil-hidroxi-tolueno (BHT), butil-hidroxi-anisol (BHA) e butilhidroquinonas terciárias e em alguns casos a ação sinérgica do ácido cítrico é indispensável. Estes agentes antioxidantes tendem a estabilizar os ácidos graxos em alimentos através da reação com radicais livres, quelando íons metálicos e interrompendo a fase de propagação da oxidação lipídica. Os antioxidantes naturais ou artificiais apresentam funções similares, sendo que vem sendo questionada a salubridade de alguns antioxidantes comerciais, visto que alguns estudos têm demonstrado que os mesmos podem favorecer efeitos mutagênicos e carcinogênicos, também como o aumento da formação de peróxido de hidrogênio (H2O2) nos microssomos, que ocasiona alteração das funções hepáticas e adenomas e carcinomas em células hepáticas.
Frente a estas evidências, desenvolveu-se a pesquisa sobre os antioxidantes de origem natural, com a perspectiva de sua utilização como aditivos alimentares, como também pelas evidências de que estes compostos podem atuar em benefício da saúde.
O interesse pelos antioxidantes naturais teve início diante da comprovação de efeitos maléficos causados por doses elevadas de BHT, BHA e t-BHQ (t-butil hidroquinona) sobre o peso do fígado e marcada proliferação do retículo endoplasmático, entre outras.
Os processos de oxidação de substâncias orgânicas são uma das principais causas da redução da vida de prateleira dos produtos alimentícios industrializados bem como das matérias-primas em geral. Portanto, o conhecimento e compreensão dos mecanismos de reação e as formas de controle para os mesmos são de suma importância econômica para a indústria alimentícia. Dentre as principais reações de oxidação em produtos alimentícios se destacam:
- escurecimento enzimático e
- oxidação de lipídios.
No caso das reações de oxidação de lipídios, os principais problemas decorrentes são as alterações sensoriais envolvendo o desenvolvimento de notas aromáticas desagradáveis, denominadas de uma forma generalizada de ranço. Estas reações ocorrem com substratos específicos que são os ácidos graxos, encontrados normalmente na constituição dos glicerídios. Esta alteração na qualidade de um produto é o principal parâmetro de controle físico-químico (ponto crítico de controle) que define o prazo de validade de diversos produtos alimentícios processados.